Último foragido acusado de executar jovem à luz do dia se apresenta à polícia.

Invista Informa:

O último foragido acusado de participar da execução de um jovem à luz do dia, em Belford Roxo, se apresentou à polícia na madrugada desta terça-feira. Douglas Idael Pereira Ramos, filmado disparando os três tiros que mataram Igor Oliveira Falcão, de 20 anos, foi à 17ª DP (São Cristóvão). Lá, os policiais de plantão cumpriram um mandado de prisão por homicídio qualificado que havia contra ele. Outros dois suspeitos do crime e que também aparecem na gravação, Paulo Roberto Pereira Bruno e Gabriel Fernandes Araújo, foram absolvidos em júri popular na última quarta-feira. Outro acusado, Cleiton da Conceição Antônio de Miranda, será julgado no dia 24 deste mês.

Disque-Denúncia oferecia R$ 2 mil por informações de Douglas Idael Pereira Ramos Foto: Divulgação

A mãe da vítima, uma doméstica de 44 anos, disse estar “aliviada” com o fato de Douglas estar preso:

- Agradeço a Deus. Muito. Agora, ele só não pode ser absolvido como os outros dois. Foi ele que deu os tiros que mataram meu filho. Sei que nada vai trazer o Igor de volta, mas a justiça precisa ser feita. Quem mata, tem que pagar.

Cleiton será julgado no próximo dia 24 Foto: Guilherme Pinto / Extra

Ela contou que na tarde desta terça-feira irá à Defensoria Pública para conversar com o defensor que acompanha o caso. A doméstica quer saber se há alguma medida legal a ser tomada para tentar reverter o resultado do julgamento de Paulo Roberto e Gabriel.

- Vou correr atrás. Faço tudo para esse crime não ficar impune. Não consigo entender como absolvem pessoas que foram filmadas matando outra. Para mim, é inadmissível - disse ela.

O crime

Igor foi morto em 2 de janeiro de 2014, na Estrada Plínio Casado, no bairro da Prata. A ação foi gravada por um cinegrafista. As imagens, que passaram a circular em redes sociais, mostram a vítima sentada no chão, sendo segurada pela cabeça por Paulo Roberto. Segundos depois, chega Douglas, na garupa da moto pilotada por Cleiton, saca uma pistola e dispara três vezes. Igor ainda tenta se defender levantando os braços e abaixando a cabeça.

Um mês antes da execução, Douglas foi condenado por porte de arma. No entanto, o atirador não foi para a cadeia. De acordo com a sentença da juíza Renata Travassos de Macedo, da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo, proferida no dia 17 de dezembro de 2013, a pena de dois anos de reclusão foi substituída por “prestação de serviços à comunidade” e “prestação pecuniária, consistente no pagamento de um salário mínimo à entidade pública ou privada com destinação social a ser indicada no momento da execução”.

O jovem morto também tinha histórico criminal. Foi condenado por tentativa de roubo e ficou preso por um ano.

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