segunda-feira, 23 de março de 2015

Enem 2015 ainda não exigirá as regras do novo acordo ortográfico

O novo acordo ortográfico passou a vigorar no Brasil no dia 1/1/ 2009. Porém, o período de transição para as novas regras da escrita só termina no primeiro dia de 2016. Isso quer dizer que até lá as novas e antigas regras ortográficas coexistem e devem ser aceitas sem distinção. De acordo com o manual do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a correção das redações é feita conforme a lei, ainda aceitando as normas anteriores ao acordo.
Na verdade, implementação integral da nova ortografia estava prevista para 1/1/2013, mas o Governo Federal adiou o prazo por três anos, o mesmo tempo estabelecido também por Portugal. A partir da adoção definitiva pelo Brasil das normas estabelecidas pelo acordo, os concursos públicos e as provas escolares deverão cobrar o uso correto da nova ortografia.
O objetivo da reforma é unificar as regras do português escrito em todos os países que têm a língua como idioma oficial: Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Além disso, a reforma ortográfica contribui para melhorar o intercâmbio cultural, reduzir o custo econômico de produção e tradução de livros e facilitar a difusão bibliográfica nesses países.
A vontade de unificar a língua portuguesa era antiga e foi lançada em 1931, quando se realizou o primeiro acordo ortográfico luso-brasileiro. Porém, não foi colocado em prática. Em 1945, a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira foi adotada em Portugal, mas não no Brasil.
Anos mais tarde, em 1986, os sete países de língua portuguesa (Timor-Leste só se tornou independente em 2002) consolidaram as Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, mas as mesmas não chegaram a ser implantadas.
Em 1990, os países de língua portuguesa se prontificaram a unificar a grafia da língua, segundo a proposta apresentada pela Academia de Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras. Mesmo assim, o acordo não pode entrar em vigor. Foram necessários mais 16 anos para as adesões de São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, que se uniram ao Brasil e ratificaram o acordo.
Apesar da relutância às mudanças, Portugal acabou aderindo ao acordo em maio de 2008, unificando a língua portuguesa.
Desta forma, ocorreram muitas mudanças que até hoje causam dúvidas para muita gente. Dentre elas, estão o emprego do hífen, a inclusão das letras w, k e y ao idioma, fim do trema, alterações da forma de acentuar palavras com ditongos abertos e que sejam hiatos, supressão dos acentos diferencias e dos acentos tônicos.


Fonte: Extra

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