terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

História do Rio de Janeiro ( Homenagem aos 450 anos )

Invista Informa:


História

Ocupação indígena

O continente americano já era habitado desde pelo menos 10000 a.C. por povos provenientes de outros continentes1 . Por volta do ano 1000, o litoral do estado, com exceção da região da foz do Rio Paraíba do Sul (que continuou dominada pelos goitacás), foi invadido por povos tupis provenientes da Amazônia2 .

As capitanias e a França Antártica

Esquema da batalha entre franceses e portugueses, na baía de Guanabara, em 15 de Março de 1560, que culminou com a destruição do Forte Coligny
À época do estabelecimento do sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil, o território do atual estado do Rio de Janeiro encontrava-se compreendido em trechos da Capitania de São Tomé e da de São Vicente.
Não tendo sido colonizado pelos portugueses, em virtude da hostilidade dos indígenas tupinambás (tamoios) egoitacás estabelecidos neste litoral, entre 1555 e 1567, a baía de Guanabara foi ocupada por um grupo de colonos franceses, inicialmente sob o comando de Nicolas Durand de Villegagnon, que aqui pretendiam instalar uma colônia de povoamento, a "França Antártica".
Visando a evitar esta ocupação e a assegurar a posse do território para a Coroa de Portugal, em 1º de Marçode 1565, foi fundada a cidade do Rio de Janeiro, por Estácio de Sá, vindo a constituir-se, por conquista, naCapitania Real do Rio de Janeiro.

A dinastia filipina

No século XVII, a pecuária e a lavoura de cana-de-açúcar impulsionaram o progresso da Capitania, uma vez que, entre 1583 e 1623 a área de maior destaque de produção de açúcar, no Sul do Brasil, se deslocou do litoral da Capitania de São Vicente para o da do Rio de Janeiro, na região da baía de Guanabara. Se, em 1629, computavam-se sessenta engenhos em produção no Rio de Janeiro, em 1639 esse número ascendia a 110. Durante a Dinastia Filipina, o Rio de Janeiro ampliou consideravelmente o fornecimento de seu açúcar aLisboa, devido à perda da Capitania de Pernambuco durante as Invasões holandesas do Brasil. Nesse período, na passagem do século, registravam-se 120 engenhos em operação.
Com a Restauração da Independência Portuguesa (1640), os comerciantes e donos de embarcações na Capitania receberam permissão para comerciar diretamente com a África, a partir do porto do Rio de Janeiro, visando a intensificar o tráfico de escravos, inclusive para a bacia do rio da Prata.
Esse comércio foi sensivelmente prejudicado diante da tomada de Angola pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais em 1641. Nesse contexto, ampliou-se a demanda por escravos indígenas, assim como os conflitos com os religiosos da Companhia de Jesus por esse motivo.
Estando atuando decisivamente para a reconquista de Angola, pela Carta-Régia de 6 de Junho de 1647, passada pela Chancelaria de D. João IV, foi outorgado o título de "a muy leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro" o que lhe assegurava os mesmos privilégios de cidades como Lisboa ou o Porto, na metrópole. Angola foi definitivamente reconquistada em 1648.
Os preços do açúcar flutuaram constantemente no período e registraram baixas entre 1635 e 1645, com a conquista de Pernambuco pelos holandeses e novamente entre 1659 e 1668, devido à proibição de fabricação e venda de aguardente (cachaça), utilizada como moeda no comércio com a África. Nesse contexto, eclodiu na Capitania a chamada Revolta da Cachaça, em 1660, contra a dominação da família de Salvador Correia de Sá e Benevides.
Outros itens expressivos na pauta das exportações da Capitania eram o tabaco, embora em menores proporções que na da Bahia e na de Pernambuco, e a pesca da baleia nas águas da baía de Guanabara, tão expressivo que, em 1644, a municipalidade do Rio criou um imposto sobre esta indústria.
A navegação de cabotagem aumentou a partir de 1660, incluindo o comércio legal com as outras capitanias e o comércio ilegal com Buenos Aires, que enriqueceu um grupo de comerciantes.
Com Salvador Correia de Sá e Benevides, o setor de construção naval adquiriu importância, tendo se destacado a construção do Galeão Padre Eterno, em 1665, com cento e quatorze peças de artilharia. O setor não viria a prosperar devido à falta de mão-de-obra especializada.
Outro dos problemas da capitania era a falta de moeda, crítica em 1640, à época da Restauração. Ele só seria solucionado no final do século, com a descoberta deouro nas Minas Gerais, e a consequente instalação de uma Casa de Fundição no Rio de Janeiro, em 1698.

O século XVIII

A prosperidade da Capitania foi definitivamente assegurado quando o porto da cidade do Rio de Janeiro começou a exportar o ouro e os diamantes extraídos deMinas Gerais, no século XVIII, de tal forma que, a partir de 1763, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a sede do Vice-reino do Brasil e a capital da colônia.

A família real

Com a mudança da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, no contexto da Guerra Peninsular, a cidade do Rio de Janeiro foi muito beneficiada com várias reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro das mudanças promovidas destacam-se: a transferência de órgãos de administração pública e justiça, a construção de novas igrejas, hospitais, quartéis, a fundação do primeiro banco do país, o Banco do Brasil, a criação da Imprensa Régia, com o primeiro jornal oficial do País, a Gazeta do Rio de Janeiro e da Intendência Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil. Nos anos seguintes também surgiram o Jardim Botânico, cursos de Medicina e Cirurgia em Salvador (hoje Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia) e no Rio de Janeiro (hoje Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro), a Biblioteca Real (hoje Biblioteca Nacional) e a Academia Real Militar, antecessora da atual Academia Militar das Agulhas Negras.
Assim, ocorreu um processo de revolução sócio-cultural, influenciada não somente pelas informações e pessoas trazidas através da chegada da Família Real, mas também pela presença de artistas europeus que foram contratados para registrar a sociedade e natureza brasileira. Nessa mesma época, nasceu a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (a atual Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

A província do Rio de Janeiro

Após a transferência da Corte portuguesa para a cidade do Rio de Janeiro, a autonomia, que a província tanto aspirava, não foi alcançada da mesma forma que as demais, já que ao ministro do Reino, cargo que foi praticamente um substituto para o de Vice-Rei com relação ao Rio de Janeiro, era confiada a sua administração.
Aliado a isto, estava o fato de que a cidade do Rio era a capital do Império, o que fazia com que o ministro administrasse a província inteira por meio de "avisos", os quais dirigia às Câmaras Municipais de cidades que, naquela época, cresciam a passos largos devido à ampliação e fortalecimento da lavoura cafeeira, que já sobrepujava à força da lavoura canavieira na região Norte Fluminense.
Essas diferenças com relação às demais unidades administrativas do Brasil fez com que no ano de 1834 o município do Rio de Janeiro fosse transformado em Município Neutro, permanecendo como capital do império, enquanto a província passou a ter a mesma organização político-administrativa das demais, com um presidente escolhido pelo imperador e uma Assembleia Legislativa, tendo sua capital na Vila Real da Praia Grande, que no ano seguinte passou a se chamar Niterói.
Já a cidade do Rio de Janeiro passou a ter uma Câmara Municipal, que cuidaria da vida daquela cidade sem interferência do presidente de província e, em 1889, após a implantação da República no Brasil, a cidade continuou como capital nacional, sendo o Município Neutro transformado em Distrito Federal. Com a mudança da capital do país para Brasília, o antigo Distrito Federal tornou-se o estado da Guanabara.
A despeito da grande rotatividade ocorrida no poder da província fluminense logo após a criação do Município Neutro (que lhe deu 85 governantes até o fim do Império), a expansão da lavoura cafeeira trouxe prosperidade nunca antes alcançada nesta região.
Tanto com o surgimento de novos centros urbanos pela província, quanto pelo explendor exibido nas fazendas dos "barões do café" via-se a prosperidade trazida pelo "Ouro Verde", que também trouxe desenvolvimento da educação, notado pela construção de várias escolas por todas as cidades.
Com isso convivia, porém, o trabalho escravo, base de sustentação da sociedade cafeeira fluminense e que crescia sem parar à medida que as lavouras se ampliavam pelo Vale do Paraíba. Nesse período, a província se tornou a mais rica e poderosa no país e sua principal exportadora.
Essa situação perdurou até por volta de 1888. Com a abolição da escravatura, a aristocracia fluminense se empobreceu, já que não tinha mais sua mão de obra e ainda viu a exaustão do solo e a redução das safras colhidas ano após ano.

O estado do Rio de Janeiro

Cidade do Rio de Janeiro em 1895
A decadência foi a tônica na província nos últimos dias do regime imperial. Na luta pela República, vários foram os fluminenses que se distinguiram, cabendo citar Antônio da Silva JardimLopes TrovãoFrancisco Rangel Pestana, entre outros. Também forte foi a presença na campanha abolicionista.
Com a proclamação da República, logo ocorreram problemas políticos que foram, com o tempo, lhe retirando a grandeza e o destaque conseguidos durante o Império.
Após a aprovação da nova constituição estadual, em 9 de abril de 1892, a capital foi transferida para a cidade dePetrópolis, devido às agitações que ocorreram durante o governo do Marechal Floriano Peixoto nas cidades do Rio e de Niterói, e também à Revolta da Armada, ocorrida naquela época.
Após diversos anos em que lutas políticas fizeram o Estado perder o rumo administrativo, fato comprovado pela dualidade de Assembleias Legislativas por três períodos, estas fazem aumentar ainda mais a crise econômica fluminense, que se arrasta de tal maneira a transformar, gradualmente, suas plantações de café em pastagens para a pecuária e a fazer com que o mesmo não acompanhe o desenvolvimento industrial experimentado por São Paulo.

A revolução de 1930 e o Estado Novo[editar | editar código-fonte]

Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, vários interventores foram nomeados, o que não alterou o quadro sócio-econômico fluminense até que, em 1937, foi nomeado Ernani do Amaral Peixoto, genro de Vargas (este casou-se com Alzira Vargas em 1939) e que pôde realizar muito pelo Estado, dando incentivo ao seu desenvolvimento industrial, com a construção, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, no Vale do Paraíba fluminense e da Fábrica Nacional de Motores (FNM), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, bem como a expansão da malha rodoviária estadual.
Amaral Peixoto ainda mobilizou a população fluminense no esforço de guerra, que resultou na aquisição, com os recursos arrecadados, de um novo navio para aMarinha de Guerra brasileira.
Data desse período, também, a formação de várias instituições de ensino superior e centros de estudo sobre a cultura e história fluminenses, que procuravam resgatar a memória e construir uma identidade para a população do Estado, esvaziado econômica e politicamente desde o fim do Segundo Império.

A redemocratização e o Golpe de 1964

Com a queda de Vargas, Amaral Peixoto foi afastado do comando do Estado e cinco interventores sucederam-se no governo fluminense até a eleição, em 1947 deEdmundo de Macedo Soares e Silva, construtor da usina de Volta Redonda, que reorganizou a administração e as finanças estaduais, bem como continuou o incentivo à industrialização e à produção agropecuária.
Foi sucedido, entretanto, por Amaral Peixoto, que dá nova força à expansão industrial e rodoviária, datando desse período a criação da Companhia Nacional de Álcalis.
Até o ano de 1964, os governos estaduais procuram dinamizar a economia fluminense, reformando a estrutura do estado, organizando sua educação superior (cria-se em 1960 a "Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro", posteriormente Universidade Federal Fluminense), melhorando a infraestrutura elétrica (é desse período a criação das Centrais Elétricas Fluminenses, posteriormente Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro) e dando nova feição à cidade de Niterói.
Após o Golpe de Estado no Brasil em 1964, o governador Badger da Silveira, recém-eleito em 1963, foi afastado do cargo, sendo substituído pelo general Paulo Torres, que tratou de criar a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.
Seguiram-se a ele Jeremias Fontes e Raimundo Padilha, que seria o último governador do estado do Rio de Janeiro antes da fusão com o da Guanabara, datando do seu governo a conclusão da Ponte Presidente Costa e Silva e o início da construção do Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto.

O novo estado do Rio

Após a edição da Lei Complementar nº20 em 1974, assinada pelo presidente Ernesto Geisel, fundiram-se os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975. A capital do novo estado (que manteve o nome de Rio de Janeiro) passou a ser a cidade do Rio de Janeiro, voltando-se a situação político-territorial anterior a 1834, ano da criação do Município Neutro. Foram mantidos ainda os símbolos do estado do Rio de Janeiro, enquanto os símbolos do antigo estado da Guanabara passaram a ser os símbolos do município do Rio de Janeiro.
Alguns alegam que a motivação por trás do presidente Geisel para a fusão foi neutralizar a força oposicionista doMovimento Democrático Brasileiro no estado da Guanabara. O estado do Rio de Janeiro, tradicionalmente foi considerado um polo de conservadorismo, vide governos sucessivos do Partido Social Democrático e posteriormente da Aliança Renovadora Nacional, apesar da grande força do Partido Trabalhista Brasileiro (que elegeu os dois últimos governadores antes de 1964), e depois do Movimento Democrático Brasileiro nessa região, o que levou à errônea conclusão que esta viria a neutralizar a oposição emedebista guanabarina, evitando maiores problemas para o governo militar, que acaba por indicar como primeiro governador do "novo" estado o almirante Floriano Peixoto Faria Lima.
Apesar de Faria Lima assumir o estado com promessas do governo federal de maciços investimentos, a fim de compensar os problemas que poderiam advir da fusão, esses não se concretizaram plenamente, mesmo com a implantação das usinas nucleares em Angra dos Reis e a expansão da Companhia Siderúrgica Nacional, o que acarretou problemas que viriam a ser sentidos, principalmente nas áreas de habitação, educação, saúde e segurança partir da década de 1980.
Com a abertura política e a volta das eleições diretas para governador, os fluminenses elegem no ano de 1982 Leonel de Moura Brizola (Partido Democrático Trabalhista), exilado político desde 1964 que voltava ao Brasil com a bandeira do trabalhismo varguista, o que conquistou o eleitorado insatisfeito com o segundo governo de Chagas Freitas.
Brizola angaria nesse primeiro mandato a antipatia do eleitorado conservador devido às suas políticas de amparo às comunidades carentes, encaradas como de cunho populista. No seu primeiro governo, Brizola constrói o Sambódromo e dá início aos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), escolas projetadas porOscar Niemeyer e idealizadas pelo professor Darci Ribeiro para funcionarem em tempo integral. A crescente crise na área da segurança pública e os desgastantes atritos com as Organizações Globo acabaram por impedir que ele fizesse seu sucessor.
Nas eleições de 1986, Moreira Franco foi eleito governador pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro numa ampla aliança antibrizolista, que ia do Partido da Frente Liberal ao Partido Comunista do Brasil. Moreira teve a ajuda do Plano Cruzado, plano econômico lançado no governo do presidente José Sarney que visava o controle da inflação e que malogrou ante a acusação, por parte da oposição, de ter sido eleitoreiro. A decepção com o governo Moreira Franco, que não cumpriu a promessa de acabar com a violência em seis meses, levou o eleitorado fluminense a eleger Leonel Brizola novamente, em 1990.
Em seu segundo mandato, Brizola concluiu os Centros Integrados de Educação Pública, construiu a Via Expressa Presidente João Goulart, a Universidade Estadual do Norte Fluminense, ampliou o sistema de abastecimento hídrico do Rio Guandu e deu início ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. Porém os problemas crônicos na área de segurança, bem como nas contas públicas estaduais, fizeram o estado sofrer uma "intervenção branca" do governo federal no ano de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento e, também, no ano de 1994. A utilização de tropas das Forças Armadas no patrulhamento das ruas da capital foi amplamente apoiada pela população.
Em meio a esses problemas, Brizola renunciou ao mandato a fim de concorrer às eleições presidenciais. O governo estadual foi assumido pelo seu vice, Nilo Batista, que, após 8 meses, passou o comando para Marcello Alencar, eleito pelo Partido da Social Democracia Brasileira em 1994 graças ao bom desempenho de sua passagem pela prefeitura da cidade do Rio e ao sucesso do Plano Real. Marcello retomou as obras do metrô, paralisadas desde a gestão Moreira Franco, construiu a Via Light e implementou uma política de segurança pública mais voltada ao confronto armado, o que acabou por gerar antipatia da população de baixa renda, mais exposta aos enfrentamentos entre a polícia e bandidos.
Na eleição seguinte, Anthony Garotinho, apadrinhado à época por Brizola e que, anteriormente, havia perdido a eleição para Alencar, foi eleito governador pelo Partido Democrático Trabalhista, apoiado por uma aliança de esquerda que incluiu, como vice na chapa, a então senadora Benedita da Silva, do Partido dos Trabalhadores, que o substituiu em 2002, quando ele também renunciou, como Brizola, visando à corrida presidencial. Benedita assumiu em meio a problemas de ordem política - Garotinho rompeu a aliança com o Partido dos Trabalhadores, sob acusações de fisiologismo - e fiscal que acabaram por impedi-la de se reeleger, sendo derrotada por Rosinha Garotinho, esposa de Anthony Garotinho, que procurou, após eleita, manter o estilo por vezes controvertido de governar de seu marido, enfrentando ainda duras críticas com relação à situação da segurança pública.
Nas eleições de 2006, o eleitorado fluminense elegeu Sérgio Cabral Filho como o novo governador. A vitória ocorreu no segundo turno, após vencer a ex-juízaDenise Frossard, apoiada por Cesar Maia. Apesar de pertencer ao mesmo partido de Garotinho e Rosinha (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), Cabral vem dissociando, desde a campanha, sua imagem da do casal. A aproximação com o presidente Lula, a nomeação de Benedita da Silva e Joaquim Levy para o seu secretariado e a extinção de projetos como o Cheque-Cidadão e Jovens pela Paz (considerados como marcas registradas do período Garotinho/Rosinha) foram atitudes tomadas por Cabral que sinalizam este distanciamento, mas que permitiram, ao mesmo, alcançar a reeleição no ano de 2010.

História
Antecedentes

O projeto para construção de uma fortificação na ponta da Igrejinha (Igreja de Nossa Senhora de Copacabana), ao final da então praia de Sacopenapã, remonta à época da transferência da capital do Brasil, do Salvador para o Rio de Janeiro (1763). Sob o governo do Vice-rei D. Luís de Almeida Portugal (1769-1779), foram iniciadas obras para esse fim, em 1776, na iminência de uma invasão espanhola que se materializou no ano seguinte (1777) contra a Colônia do Sacramento e a ilha de Santa Catarina, no sul do Brasil. Talvez por essa razão, as obras desse pequeno forte jamais foram concluídas.

À época da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), D. João VI determinou para o local o projeto de um novo forte, que principiado em data ignorada, somente foi artilhado em 1823, na conjuntura da Guerra da Independência do Brasil, quando se receava um ataque da Armada Portuguesa à capital da nação recém-emancipada. Posteriormente, à época do Período regencial brasileiro, juntamente com as demais fortificações do país, foi desarmado em 1834.

À época do Segundo Reinado, no contexto da Questão Christie, encontra-se relacionado entre as defesas do setor Sul (Fortificações de Copacabana) no Mapa das Fortificações e Fortins do Município Neutro e Província do Rio de Janeiro de 1863, no Arquivo Nacional (CASADEI, 1994/1995:70-71).

No período republicano, quando da Revolta da Armada, a antiga posição voltou a ser artilhada em 1893, embora fosse patente a sua incapacidade para impedir a saída das belonaves da Armada pela barra da baía de Guanabara. Alguns anos mais tarde, um contencioso diplomático com a República Argentina, em função de demarcação de fronteiras - a Questão de Palmas -, levou a que o Estado Maior do Exército encomendasse o projeto de uma nova fortificação para o local. O encarregado foi o Major EngenheiroAugusto Tasso Fragoso, que esboçou uma moderna fortificação, dotada de seis canhões de longo alcance. Tendo a questão chegado a bom termo por arbitramento à época (1895), o projeto da nova fortificação foi engavetado.

Em 1902 jaziam abandonadas no local, quase soterradas pela areia, sete peças remanescentes da sua antiga artilharia (Museu Histórico Forte de Copacabana).

A fortificação definitiva do local só viria a se materializar quando o Marechal Hermes da Fonseca (1855-1923) ocupou a pasta de Ministro da Guerra no governo do Presidente Afonso Pena (1906-1909) (BARRETTO, 1958:244).
A construção do forte


Diante da evolução dos meios bélicos navais na passagem do século XIX para o XX, tornou-se imperioso, no Brasil, posicionar canhões de longo alcance que evitassem a aproximação de belonaves que pudessem ameaçar a então capital do país. O ponto escolhido foi a ponta da Igrejinha, na extremidade da praia de Copacabana.


Para esse fim, foi apresentado projeto pelo então Major Tasso Fragoso, que previa originalmente a instalação de obuseiros. Entretanto, o fornecedor do equipamento, a Krupp, convenceu o então presidente da República brasileira, Marechal Hermes da Fonseca, de que seria mais adequado instalar no local canhões de tiro rápido e longo alcance, o que foi aceite.

Em 16 de dezembro de 1907, o então Major Luís Eugênio Franco Filho, adjunto da Direção de Engenharia, foi nomeado para dirigir a construção do forte, de acordo com o projeto adaptado, tendo como auxiliares o Capitão Cornélio Otto Kuhn, o 1º Tenente Wolmer Augusto da Silveira e o 2º Tenente Julião Freire Esteves. O Major Wolff, da Krupp, também contribuiu, de modo decisivo, para a adaptação do novo projeto.

Construção da alameda.

Nomeada a Comissão, foi preparado o orçamento pelo Capitão Otto Kuhn, que apresentava duas cifras totais: uma, considerando a isenção de direitos aduaneiros para o material importado do estrangeiro no valor de 2.516:721$568 réis, e outra, desconsiderando tal isenção, no valor de 2.946:951$408 réis.

Muralha da fortificação 1912.

A Comissão iniciou os trabalhos demarcando no terreno uma linha que servisse de diretriz, e traçando os eixos para referência das coordenadas dos pontos principais da obra, demarcando o perímetro da fortificação e assinalando os locais das cúpulas e torres. Passou, em seguida, à escolha do local para lançamento da pedra fundamental. Esta foi submetida à aprovação do General de Brigada Modestino Augusto de Assis Martins, então Diretor de Engenharia, que ratificou o cruzamento da galeria central com o corredor existente entre as futuras cúpulas de l90 e 305 milímetros.


As obras da Fortaleza na Ponta da Igrejinha em Copacabana foram iniciadas em 5 de janeiro de 1908, sob a coordenação do Major Arnaldo Pais de Andrade, na presença dos então presidente da República, Afonso Pena, e do Ministro da Guerra, marechal Hermes da Fonseca. As peças vieram desmontadas da Alemanha, em cinco mil caixotes, transportadas por navios e desembarcadas num cais especialmente construído para esse fim no local, onde os seus restos podem ser vistos até hoje.



A obra foi inaugurada como Forte de Copacabana em 28 de setembro de 1914, ao custo de 2.946:951$408 réis (GARRIDO, 1940:124), pelo então presidente da República, marechal Hermes da Fonseca. Classificado como de 1ª Classe pelo Aviso nº 1.761 de 29 de setembro de 1914, foi considerado, à época, a mais moderna praça de guerra da América do Sul e um marco para a engenharia militar de seu tempo. O seu primeiro comandante, nomeado em 1912, ainda durante a construção, foi o Major Antônio Carlos Brasil.


Após a inauguração do forte, em 1919 foi adquirido à Mitra o terreno adjacente, e demolida a igrejinha que remontava à primeira metade do século XVIII, para dar lugar aoQuartel de Paz, concluído em outubro de 1920 (BARRETTO, 1958:245-246). O Pórtico de entrada à Praça Coronel Eugênio Franco, assim como a entrada da Praça de Armas, foram projeto de Wolmer da Silveira, erguidos de 1918 a 1920. O Pórtico primitivamente possuía alojamento para a guarda, banheiros e pequena reserva para munição e armamento. Na fachada, centrada encontra-se a sua designação à época: "Forte de Copabana"; pelo lado oposto (interior da fortaleza), a inscrição latina "SI VIS PACEM PARA BELLUM" ("Se queres a paz, prepara-te para a guerra") (Flávio Vegécio, Epitoma Rei Militaris, 390). Os antigos portões de ferro hoje não mais existem.



Evolução histórica

5ª Bateria do 2º Batalhão de Artilharia de Posição (1917)6ª Bateria de Artilharia Independente de Posição (1912-17) O forte foi guarnecido sucessivamente pelas seguintes unidades (BARRETTO, 1958:246-247):
12ª Bateria do 4º Grupo de Artilharia de Costa (1917-19)
1ª Bateria Isolada de Artilharia de Costa (1919-31)
1ª Bateria do 6º Grupo de Artilharia de Costa (1931-34)
3º Grupo de Artilharia de Costa (3º GACos) (1934-1958)

No campo da instrução militar, foi sede da primeira Escola de Fogo a partir de 1935, bem como também foi pioneiro no Brasil em exercícios de levantamento de rota com o apoio de holofotes, a partir de 1937.

Foi palco de acontecimentos importantes da História do Brasil, como o levante dos "Dezoito do Forte" (de 2 a 6 de julho de 1922), tendo os revoltosos disparado sofre o Forte do Leme e outras fortalezas, e sofrido o bombardeio da Fortaleza de Santa Cruz.

Nele esteve detido o presidente da República deposto, Washington Luís, de 24 de outubro a 8 de novembro de 1930 (GARRIDO, 1940:125), assim como ao Prefeito do então Distrito Federal, Antônio Prado Júnior, tendo ambos dali partido rumo ao exílio na Europa.

No contexto da Segunda Guerra Mundial o forte manteve-se de prontidão.



Os últimos disparos de sua artilharia foram dados por ordem dos militares legalistas sob o comando do marechal Teixeira Lott, contra oCruzador Tamandaré, que forçara a barra na Novembrada (11 de novembro de 1955), transportando Carlos Luz, alguns ministros e aliados rumo a Santos. Na ocasião foram feitos doze disparos durante vinte minutos, sem, no entanto, atingir a embarcação, que estava desarmada e com apenas uma hélice em funcionamento.

A guarnição do forte não aderiu ao movimento militar de 1964, tendo sido tomado por uma força de terra enviada pelo coronel César Montagna, quando teve lugar o chamado "episódio da bofetada", em que aquele oficial derrubou o sentinela do portão do forte com um golpe de mão, invadindo e tomando o forte sem o recurso às armas. Nos anos seguintes, durante o regime militar, serviu como presídio político.

Com a extinção das Baterias de Artilharia de Costa, o então Ministro do Exército, general de Exército Leônidas Pires Gonçalves, determinou que, a partir de 4 de maio de 1987 fosse criado o Museu Histórico do Exército nas instalações do forte de Copacabana (Portaria nº 61, de 19 de dezembro de 1986). Transformado em Espaço Cultural, nele destacam-se a exposição permanente, ao ar livre, na Alameda Octávio Correia, de peças de Artilharia de Costa dos séculos XIX e XX, o Museu Histórico do Exército (exposição permanente "O Exército na formação da nacionalidade" com peças dos períodos colonial, imperial e republicano), a biblioteca e o "Café do Forte", filial da tradicional Confeitaria Colombo (aberta até às 20h). O Museu conta ainda com espaços para exposições temporárias e uma loja de conveniência (onde podem ser adquiridas lembranças do museu e da cidade), e um Auditório (Auditório Santa Bárbara). As visitas, guiadas, têm lugar de 3ª feira a domingo, das 10 às 16 horas, com acesso pela Praça Coronel Eugênio Franco. O interior do forte é cortado pela ciclovia Marechal Rondon.

ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS - RAMAL DE MANGARATIBA

CONTINUANDO A SAGA POR ENTRE AS LINHAS FERROVIÁRIAS DO RJ. VAMOS FALAR AGORA SOBRE AS LINHAS DO RAMAL DE MANGARATIBA QUE TEM SAÍDA PELA ESTAÇÃO DE DEODORO.


HISTÓRICO DA LINHA: O ramal de Angra, posteriormente chamado de ramal de Mangaratiba, foi inaugurado em 1878, partindo da estação de Sapopemba (Deodoro) até o distante subúrbio de Santa Cruz. Somente foi prolongado em 1911 até Itaguaí, e em 1914 chegou a Mangaratiba, de onde deveria ser prolongado até alcançar Angra dos Reis, onde, em 1928, a E. F. Oeste de Minas havia atingido com sua linha vinda de Barra Mansa. Tal nunca aconteceu, e o ramal, com trechos belíssimos ao longo da praia, muito próximo ao mar, transportou passageiros em toda a sua extensão até por volta de 1982, quando foi desativado. Antes disso, em 1973, uma variante construída pela RFFSA e que partia de um ponto próximo à estação de Japeri, na Linha do Centro, permitia que trens com minério alcançassem o porto de Guaíba, próximo a Mangaratiba, encontrando o velho ramal na altura da parada Brisamar. A variante, entretanto, deixava de coincidir com o ramal na altura da ponta de Santo Antonio, onde desviava para o porto; com isso, em 30/06/1983, o trecho original entre esse local e Mangaratiba foi erradicado e os trens passaram a circular somente entre Deodoro e Santa Cruz, de onde voltavam. Hoje, esse trecho ainda é usado pelos trens de subúrbio, o trecho entre Santa Cruz e Brisamar está abandonado e o restante, Brisamar-porto, é utilizado pelos trens de minério apenas.



VILA MILITAR

A estação de Vila Militar foi inaugurada em 1910. Em 1928, Max Vasconcellos explicava a razão de seu nome: "...chega o trem à Vila Militar, onde o passageiro observa as amplas, modernas e confortaveis construções para aquartelamento de tropas da guarnição militar do Rio de Janeiro, destacando-se de entre elas o edifício da Escola de Aperfeiçoamento, à esquerda e o Casino, à direita." Hoje é estação do trem metropolitano da Supervia, mantendo seu belo prédio.


A estação, sem data, provavelmente anos 1910. Autor desconhecido.


PINTURA A ÓLEO. SEM DATA.


FOTO TIRADA EM 1910.



Magalhães Bastos

A estação de Magalhães Bastos foi inaugurada em 1914 e seu nome homenageia Antonio Leite de Magalhães Bastos Filho, coronel comandante do Primeiro Batalhão de Engenharia. Aliás, seu nome original era Coronel Magalhães Bastos. Max Vasconcellos afirmava em 1928 que "os moradores da ala esquerda da Villa Militar serviam-se do pequeno estribo de Cel. Magalhães Bastos." Ou seja, era apenas uma paradinha próxima (menos de 1 km) da estação anterior, que levava o nome da Vila Militar. A partir do final de 2003, a estação ficou um ano sem que trens com destino a Santa Cruz pudessem parar na plataforma para desembarque de passageiros, fato que levou a população do local a ter de tomar ônibus até a estação do Realengo para ali tomar o trem.. A plataforma foi destruída em função de uma tubulação de água que se rompeu. Após cobranças e mais cobranças, reportagens em jornais e nada ser resolvido, foi impetrada Ação Cívil Pública contra a Supervia para que se resolvesse o problema. O serviço afinal foi executado, além melhorias como a cobertura da de parte da plataforma, construção de banheiros sanitários, pintura etc. A vitória da população do bairro e dos usuários do trem foi alcançada devido à participação da associação comunitária deMagalhães Bastos e do site www.magalhaesbastos.com.brconseguindo a dificil tarefa de ter uma estação de trem decente.
(Fontes: Anderson Souza, 2007; Wanderley Duck; Rogério Ferreira, 2006; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)


A estação de Magalhães Bastos, sem data. Acervo Rogerio Ferreira da Silva, do site www.magalhaesbastos.com.br




estação, sem data. Autor desconhecido



Realengo


A estação de Realengo foi aberta em 1878. O nome já existia, ao contrário do que certas fontes contam, ou seja, de que a palavra teria vindo do Real Engenho, existente no local, abreviado na estação ferroviária ou mais tarde nos bondes da região, como Real Engo. A história seria plausível se houvessem engenhos por ali, o que não é verdade. A verdade é que "Comprovadamente as denominadas Terras Realengas têm sua origem, segundo alguns historiadores, pela Carta Régia de 27 de Junho de 1814, através do qual D. João ainda príncipe concedeu em sesmaria ao Senado da Câmara do Rio de Janeiro os terrenos situados em Campo Grande, chamados de realengos, porque advindos da conquista territorial pela descoberta do país se encontravam incompletos ao patrimônio real" (História de Realengo, autor não citado). Em 1913, próxima à estação, foi criada a Escola Militar do Realengo, fechada em 1941 e transferida para a Escola Militar de Resende, hoje a Academia Militar das Agulhas Negras. Hoje, a atual estação é operada pela Supervia. O prédio atual parece ter sido construído em 1937. Pelo viaduto, as pessoas passam pela bilheteria e descem a escada e chegam as plataformas. Nela está escrito EFCB 1937.

A estação original do Realengo, em 1908. Foto cedida por Marco Giffoni


A estação, provavelmente anos 1980. Vê-se que o prédio atual já é outro, provavelmente dos anos 1940. Foto do site da CBTU



Padre Miguel


A estação de Padre Miguel foi aberta em 1940, já como típica estação de trens de subúrbio. O nome homenageia o Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochon, nomeado em 1910 como peimeiro vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Realengo. Hoje é operada pela Supervias. O nome, pelo menos nas placas, foi alterado para Mocidade de Padre Miguel, como referência à escola de samba.

A estação em 01/2009. Foto Anderson



Guilherme da Silveira


A estação de Guilherme da Silveira foi aberta em 1948, já como típica estação de trens de subúrbio. Recebeu o nome de um antigo presidente daCompanhia Progresso Industrial do Brasil. Hoje é operada pela Supervias. Fica num local cercado de favelas, o que torna o ponto área de risco. A estação fica em frente ao estádio de futebol MoçaBonita, do Bangu A. C..



A estação, provavelmente nos anos 1980. Foto do site da CBTU




Bangu


A estação de Bangu foi aberta em 1890 como um prédio de tábuas, que ainda existia em 1928, segundo Max Vasconcellos. O nome provinha do morro que ficava ao lado. Em frrente à estação ficava o jardim da fábrica de tecidos Bangu, que deu origem ao time de futebol. A fábrica fechou, o time ainda funciona. Somente em 1936 (data colocada no dístico da estação) foi entregue a estação atual, em alvenaria, que hoje serve aos trens metropolitanos da Supervias.
(Fontes: Rafael Asquini; Rodrigo Cunha; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)

Pátio e estação de Bangu em 1936 (Autor desconhecido). 


Estação de Bangu, sem data. Autor desconhecido



Viegas


A estação de Viegas foi aberta em 1924. Ficava próxima a uma ponte sobre o rio do mesmo nome. Devia ser uma parada apenas, não cotada nos guias. Já foi desativada há anos. Sem mais informações.



Senador Camará

A estação de Senador Camará foi aberta em 1923. O nome homenageia o antigo Senador Otacílio de Carvalho Camará, morador no bairro carioca de Santa Cruz, próximo a esta estação. Hoje é uma estação dos trens metropolitanos da Supervias - no meio de um local bastante perigoso do Rio de Janeiro.


Desastre da Central em Senador Camará, em 1933. (Noite Ilustrada, 1933)



Santíssimo


A estação de Santíssimo foi aberta em 1890. Hoje é uma estação dos trens metropolitanos da Supervias. O prédio atual é dos anos 1970 ou 1980. Notícias de 2009 dão conta que, em 6 de março, a estação foi parcialmente depredada por passageiros revoltados com a paralisação dos trens, causada por troca de tiros na estação seguinte, de Senador Camará, que acertaram os cabos de energia. 
(Fontes: CBTU; Max Vasconcellos, Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; O Estado de S. Paulo, 7/3/2009; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht).



Foto provavelmente dos anos 1980. Foto do site da CBTU





Augusto Vasconcellos

A estação de Augusto Vasconcellos, também chamada de Senador Vasconcellos, foi aberta em 1914. Seu nome deriva de um senador que fez carreira política no bairro de Campo Grande. Hoje é uma estação dos trens metropolitanos da Supervias. Sem mais informações.
(Fontes: Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)





João Ellis


A estação de João Ellis, também chamada de Ítalo Del Cima, foi aberta em função da sede do time de futebol do Campo Grande, cujo estádio ali ficava e tinha o nome de Ítalo Del Cima. Teria sido desativada quando o time foi rebaixado da Primeira para a Segunda Divisão do futebol fluminense. Terá tido alguma construção ou terá sido sempre uma plataforma isolada?
(Fontes: Julio Cesar da Silva, 2009; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)


A parada em 2009. Foto Julio Cesar da Silva



Campo Grande

A estação de Campo Grande foi aberta em 1878 ainda pela E. F. Dom Pedro II. Este bairro carioca é bastante antigo e de sua estação, em 1928, saíam três linhas de bondes elétricos: o doPrata, a da Ilha e a da Pedra, que levava pescadores para a Pedra de Sepetiba. Hoje a estação serve aos trens metropolitanos da Supervias. Os bondes, claro, desapareceram há anos... anos demais.
(Fontes: Claudio Marinho Falcão; Anderson --, 2008; Alexandre Fernandes Costa, 2004; IBGE: Enciclopedia dos Municípios Brasileiros, 1958; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)



A estação provavelmente anos 1930. Acervo Claudio Marinho Falcão


A estação em meados dos anos 1950. Foto da Enciclopedia dos Municípios Brasileiros, vol. VI, IBGE, 1958





Benjamim do Monte

A estação de Benjamim do Monte foi aberta em 1971. Seu nome homenageia o Chefe da Superintendência da Eletrificação das linhas da Central do Brasil em 1935, Benjamim do Monte. A estação foi aberta quando da construção do estaleiro da Ishikawajima, este inclusive com acesso ferroviário. 
(Fontes: Aleksander Oldal; Jorge A. Ferreira; Hélio Suevo: A Formação das Estradas de Ferro do Rio de Janeiro, Memória do Trem, 2004; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)


Pátio de Benjamim do Monte, com a saída do (extinto) ramal para as Indústrias Plasser sendo assinalado com uma seta (Foto Aleksande Oldal em 5/2010).



A estação em 5/2010. Foto Aleksander Oldal




Inhoaíba


A estação de Inhoaíba foi aberta em 1912. Hoje é uma estação dos trens metropolitanos da Supervias. Sem mais informações.



SEM DATA.




Cosmos

A estação de Cosmos foi inaugurada em 1928. É uma das estações do trem metropolitano da Supervias, em 2008.



A estação de Cosmos em 1928, época de sua abertura. Foto Max Vasconcellos





Paciência

A estação de Paciência foi inaugurada em 1897. A estação foi construída nessa época e provavelmente foi a que aparece na foto abaixo - que não é o prédio atual (MemóriaHistórica da Central do Brasil, 1908, p. 498). O nome veio daFazenda do Mato da Paciência, antiga fazenda local, há muito desaparecida. A estação original era de madeira, precaríssima. Hoje é uma estação de trens metropolitanos. (Fontes: Wanderley Duck; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Memória Histórica da Central do Brasil, 1908; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)



A estação original de Paciência, sem data. Foto cedida por Wanderley Duck





Tancredo Neves

A estação de Tancredo Neves foi inaugurada em 1987 já para ser estação de trens metropolitanos. Hoje serve à Supervias.



Santa Cruz

A estação de Santa Cruz foi inaugurada em 1878 e permaneceu até 1911 como ponta de linha do ramal. Em 1902, a EFCB informava que "a estação dava correspondência com o ferro-carriol de Santa Cruz a Itaguaí e ferro-carril e navegação Santa Cruz" (Estrada de Ferro Central do Brasil, 2o volume, Imprensa Nacional, 1902) - provavelmente duas linhas de bonde na época, antes da abertura do prolongamento do ramal, pelo menos. Somente em 1911 foi aberto o trecho seguinte até Itaguaí e que em 1914 foi prolongado até Mangaratiba, seu ponto final. Embora houvesse planos de encontrar a linha da E. F. Oeste de Minas - depois RMV - em Angra dos Reis, este trecho nunca foi construído. A eletrificação implantada na Central do Brasil atingiu Santa Cruznos anos 1940 e daí nunca passou. Portanto, os trens de subúrbio chegavam até esta estação e dali prosseguiam para Mangaratibapuxados por locomotivas a vapor, e a partir dos anos 1950, por diesels. Este deve ter sido um dos motivos do fim do Macaquinho, apelido do trem que ia de Santa Cruz a Mangaratiba, nos anos 1980. De Santa Cruz saía o ramal do Matadouro, que ficava dali a curta distância, mas que o trem também atendia. Saía também da estação de Santa Cruz um ramal para a base aérea para os Zeppelins, contruído por volta de 1934. Este ramal foi feito para a construção do hangar, mas continuou por algum tempo para transportar os passageiros que chegavam pelos dirigíveis para o centro do Rio em carros de primeira classe. Hoje o ramal está desativado e ainda dele sobram resquícios, mas a base aérea continua existindo, não para zeppelins, claro. (Fontes: Alexandre Fernandes Costa; Julio Cesar da Silva; Tibor Jablonski; Jorge A. Ferreira; Marco Giffoni; ___: Estrada de Ferro Central do Brasil, 2o volume, 1902; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)



A estação de Santa Cruz em 1908. Foto cedida por Marco Giffoni



A estação nos anos 1950. Foto Tibor Jablonski.


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