quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Veja como se livrar dos super-mosquitos no verão

População deve ficar atenta à eliminação dos focos de reprodução dos insetos dentro de casa






















Invista informa:

Para conter a proliferação dos pernilongos —que se tornam cada vez mais resistentes a cada verão e já são conhecidos como super-mosquistos —, o mais importante é eliminar os criadouros das larvas, como vasos de plantas e pneus; manter limpas as calhas de telhados e tratadas a água de piscinas e de caixas de água.
Também é importante manter terrenos e jardins limpos e roçados e não jogar ou acumular lixo e resíduos líquidos fora ou dentro de casa.
A instalação de telas nas janelas, o uso de repelentes e até mesmo o uso de aspirador de pó para “sugar” os mosquitos adultos também são indicados pelas autoridades sanitárias.
No âmbito público, cabe às prefeituras e às subprefeituras a promoção da limpeza e o combate aos viveiros em esgotos e córregos.
Aumento no verão
A sensação de aumento dos mosquitos no calor tem relação com a rapidez de suas atividades — entre elas a reprodução — nesse período, como explica Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria da TV Record.
— No verão, todos os insetos ficam com o metabolismo acelerado, mais rápido. Os mosquitos do tipo culex se alimentam de seiva, mas a fêmea precisa de sangue de mamíferos para amadurecer os seus ovos.
Segundo ele, as fêmeas dos pernilongos têm até dois meses de vida, período no qual produzem cerca de 2.400 ovos — 200 em cada uma de suas 12 épocas de reprodução.
As larvas se desenvolvem mais facilmente em temperaturas entre 25 e 30 graus. Além disso, a evolução do ovo para o pernilongo adulto se dá em apenas 11 dias, segundo informações do CCZ-SP (Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo).
Como a distância máxima que a fêmea consegue alcançar de seu criadouro é de 1.200 metros, os especialistas ressaltam que o ideal é que a população fique atenta para eliminar os focos de reprodução em casa ou na vizinhança.
Segundo Tadei, pesquisador do Inpa, ter atenção para o fato de que os pernilongos do tipo culex “não são exigentes” com relação aos seus locais de reprodução e costumam agir durante a noite — o aedes aegypti age durante o dia.  
— Tendo água empoçada, limpa ou suja, o culex já vai se proliferando. Ele se reproduz até em fossas ou mesmo em uma tampa de garrafa.
Já os mosquitos que transmitem doenças como as arboviroses [vírus que dão febre, mas são curados rapidamente], a dengue, a febre chikungunya e a malária são mais exigentes quanto ao local de reprodução, explica Tadei.
— O mosquito da malária, por exemplo, que age mais no interior do Brasil, coloca seus ovos em locais específicos, com água bem limpa e sombra. Já as fêmeas do aedes aegypti  colocam ovos em locais de água limpa e parada, que tenham micro algas formadas na superfície da água para alimentar as larvas.
São Paulo
Segundo a CCZ-SP (Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo), os bairros com mais focos de mosquitos na capital paulista são os que ficam próximos ao Rio Pinheiros. O local “é monitorado semanalmente, com coletas de larvas e mosquitos adultos em 64 pontos”, diz o órgão por meio de nota encaminhada pela assessoria de imprensa. Entretanto, não há informações sobre a população total de mosquitos na região conforme as estações do ano.
 “As ações de controle de mosquitos baseiam-se, principalmente, no manejo ambiental (eliminação ou alteração de recursos utilizados pelos mosquitos, com intenção de eliminar, controlar ou minimizar seu acesso, fixação ou reprodução no ambiente, por meio de medidas preventivas e corretivas). Essas ações constituem, principalmente, na limpeza periódica de bueiros, calhas de córregos, piscinões e outros locais que podem servir de criadouros de mosquitos”, esclarece o órgão.
Já a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo informa que, periodicamente, serviços de limpeza no sistema de micro-drenagem da cidade, que envolvem bocas de lobo, ramais, galerias, córregos e canais.
Segundo o órgão, quanto ao trabalho de limpeza das bocas de lobo, que contribui para a vazão das águas, em dezembro de 2014 “foram realizadas 80.201 limpezas manuais e outras 14.715 limpezas mecanizadas. Além disso, neste mesmo período, foram limpos mecanicamente 10.332 metros lineares de córregos e 193.322 metros lineares, manualmente”.

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