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Niterói e o bairro de Icaraí, na Zona Sul,
possuem, mais uma vez, os melhores Índices de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHF) do Estado do Rio de Janeiro, de acordo com o
levantamento feito pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea). Segundo o relatório divulgado nesta terça-feira (25), as taxas
que mais pesaram para o bom desempenho de Icaraí foram a renda,
longevidade e educação. O IDHM do bairro foi classificado como “Muito
Alto” apresentando índice de 0,962. O número é superior a média obtida
por Niterói, que obteve média de 0,837.
As taxas que mais pesaram para o bom desempenho do município foram a
renda, longevidade e educação. O IDHM do bairro foi classificado como
“Muito Alto”
Estudo mostra redução das desigualdades entre as regiões
Os indicadores socioeconômicos das regiões
metropolitanas brasileiras melhoraram entre 2000 e 2010 e mostram
redução das disparidades entre metrópoles do norte e do sul do país. Os
dados constam do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões
Metropolitanas Brasileiras, divulgado nesta terça-feira (25), fruto de
parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação
João Pinheiro.
De acordo com o Atlas, entre 2000 e 2010, as
disparidades entre as 16 regiões metropolitanas analisadas diminuíram e
todas se encontram na faixa de alto desenvolvimento humano. A análise
leva em conta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).
As regiões metropolitanas que apresentaram os
maiores valores para o IDHM em 2010 foram São Paulo (0,794), Distrito
Federal e Entorno (0,792), Curitiba (0,783), Belo Horizonte (0,774) e
Vitória (0,772), todas com índices mais altos que os apresentados em
2000.
As regiões metropolitanas de mais baixo IDHM, em
2010, eram Manaus (0,720), Belém (0,729), Fortaleza (0,732), Natal
(0,732) e Recife (0,734). Essas regiões, na mesma ordem, eram as de
menor IDHM, em 2000. Entretanto, todas melhoraram.
Em 2000, apenas São Paulo tinha índice de
desenvolvimento humano alto. Manaus tinha baixo e as outras regiões,
médio. Em 2010, todas passaram a ter IDHM alto.
Em 2010, a diferença registrada entre a região
metropolitana com o maior e o menor IDHM foi 0,074 pontos ou 10,3%.
Enquanto São Paulo ficou com índice 0,794, Manaus estava com IDHM 0,720.
Dez anos antes, essa diferença era 22,1%.
O IDHM é um número que varia entre 0 a 1: quanto
mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de um estado,
município ou região metropolitana. O índice é calculado levando em conta
três fatores: expectativa de vida, renda per capita e acesso ao
conhecimento, que considera a escolaridade da população adulta e o fluxo
escolar da população jovem.
Os dados do Atlas são calculados com base nos
Censos Demográficos de 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística ( IBGE).
Entre 2000 e 2010, as regiões metropolitanas que
apresentavam um IDHM menor tiveram avanço maior e as que tinham índices
maiores cresceram menos. Isso fez com que as diferenças entre as regiões
metropolitanas diminuíssem, resultando em maior equilíbrio entre as 16
regiões pesquisadas (Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito
Federal e Entorno, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre,
Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória). Essas
16 regiões correspondem a quase 50% da população brasileira.
No período analisado, as regiões metropolitanas que
tiveram o maior avanço no IDHM, em termos relativos, foram Manaus,
Fortaleza, São Luís, Belém e Natal. As que tiveram menor avanço foram as
de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e
Vitória.
Para o representante do Pnud no Brasil, Jorge
Chediek, gestores públicos e população devem usar os dados do Atlas não
apenas para constatar as disparidades, mas também para direcionar e
reivindicar políticas pública inclusivas e eficientes para as áreas mais
carentes.
“Para além de evidenciar o fato de que o país ainda
tem um caminho a percorrer na redução das desigualdades em suas
cidades, a intenção do Atlas é justamente ajudar no estabelecimento de
políticas inclusivas que tenham como fim a melhoria das condições de
vida das pessoas”, disse.
Além das regiões metropolitanas, foram pesquisadas
9.825 Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), conceito próximo ao de
bairros. Nessas UDHs, “é possível notar níveis significativos de
desigualdades intrametropolitana”, aponta o Atlas.
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