quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Bornier Alega que Falta de Investimentos pode prejudicar o serviço em Nova Iguaçu

Para desafogar o Hospital da Posse

Novas unidades de referência podem solucionar o problema

Teixeira Júnior afirma que as outras cidades da região também precisam estruturar suas emergências para desafogar a hospital . “Se tiverem pelo menos um clínico, um pediatra, um cirurgião e um ortopedista de plantão e um laboratório e um raio x dia e noite já ajudaria bastante”.
Desde março do ano passado, o Hospital da Posse passou a contar com setor exclusivo para casos de urgência, que foram separados dos casos mais graves e com risco de morte. Das 40 enfermarias da unidade, 38 foram reformadas e em maio foi inaugurado um novo espaço para a Pediatria. De janeiro e outubro de 2012, foram 5.043 cirurgias. Já no mesmo período de 2014, 16.041 procedimentos cirúrgicos, um crescimento de 318%.
A moradora de Queimados Maria de Lourdes Macário, 61, é um exemplo de paciente que vem de fora. Ela foi internada no Hospital da Posse no fim de outubro para tratar de um mioma no ovário, que vem provocando hemorragia constante.
Maria buscou atendimento em sua cidade e foi encaminhada ao Hospital da Mãe, em São João de Meriti, onde marcaram a cirurgia para janeiro. Por isso, recorreu a Nova Iguaçu. “Na Posse, em menos de uma semana me diagnosticaram, fizeram os exames, e a previsão é da cirurgia é na semana que vem”.
Outra unidade que tem sido procurada por moradores de outras cidades é a Maternidade Mariana Bulhões, reaberta em dezembro. Até o fim de outubro, a unidade registrou mais de 3.800 partos. Segundo Teixeira Júnior, cerca de 35% das mulheres que dão à luz na maternidade são de outras cidades.
“Daqui a pouco, vai vir todo o mundo de Queimados para cá, e a Clínica da Família de Austin vai estar com superlotação”Nelson Bornier, prefeito de Nova Iguaçu
O prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier, acredita que a alta procura pode afetar a qualidade. “Daqui a pouco, vai vir todo mundo de Queimados para cá, e a Clínica da Família de Austin vai estar com superlotação”, previu.
Prefeitos respondem a Bornier
A declaração de Nelson Bornier durante a inauguração da Clínica da Família 24 horas, no bairro de Austin, no fim de semana passado, deixou seus colegas prefeitos irritados. “Vejo que só nós estamos investindo no setor. Muita gente está se preocupando com outras coisas, esquecendo, no entanto, de investir em saúde. Não podemos tirar recursos para investir em benefício de outros municípios”, afirmou Bornier.
Max Lemos, de Queimados, rebateu a crítica do colega de partido. “Ele está muito mal informado. Estamos construindo 12 novas unidades de saúde, uma clínica da família, um Centro Especializado no Tratamento da Mulher e o Hospital de Cardiologia”.
“Ele está muito mal informado. Estamos construindo 12 novas unidades de saúde e uma clínica da família”.Max Lemos, prefeito de Queimados
Max Lemos disse ainda que está desapropriando a maternidade Bom Pastor e que vai torná-la pública em até 45 dias. “Implantamos duas clínicas de hemodiálise e um Centro de Tratamento para Hipertensão e Diabetes que atende inclusive moradores de Nova Iguaçu”.
Já a secretária de Saúde, Fátima Cristina, convidou Bornier para conhecer as ações que estão sendo feitas na área.
Dennis Dautmam, de Belford Roxo, diz não estar cruzando os braços para a saúde. “Estamos ampliando e reformando o Hospital do Joca e a UPA do Bom Pastor. Reabrimos a Unidade Mista do Lote XV , fechada há anos”, disse.
O prefeito de Nilópolis, Alessandro Calazans, disse acreditar que a declaração não se refere a sua cidade. Ele afirmou que está construindo novo hospital e reformando postos de saúde.
Aconcretização da promessa de dois novos hospitais para a Baixada — um de referência em Cardiologia e outro em trauma — feita pelo governador Luiz Fernando Pezão em entrevista ao Baixada é esperada com ansiedade pelo secretário de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Antonio Teixeira Júnior. Segundo ele, a medida vai contribuir para desafogar o Hospital da Posse, que faz cerca de 1.200 internações por mês, com 40% de pacientes de outras cidades.

http://odia.ig.com.br/odiabaixada/2014-11-08/para-desafogar-o-hospital-da-posse.html

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